Análise: Corinthians

Por Hudson Martins

Jogo: Bragantino 1 x 1 Corinthians
Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista
Campeonato Paulista - 2ª Rodada - 19/01/2011

Com a proximidade dos jogos contra o Tolima, o Corinthians tenta dividir suas atenções entre os dois jogos que precedem a fase de grupos da Copa Libertadores, com o (sempre) empolgante início do Paulistão. Sem Ronaldo, poupado, a equipe do técnico Tite foi até Bragança Paulista, e saiu com um pontinho na bagagem. Chicão deu boa dose de emoção ao jogo, marcando gol contra, mas Jorge Henrique tratou de decretar o resultado final ainda no primeiro tempo.


À esquerda, o 4-4-2 do Corinthians, em losango, marcado por pouca movimentação no ataque e algumas falhas defensivas. À direita, manutenção do esquema tático, apenas com a inversão do posicionamento dos volantes, talvez com o intuito de evitar com maior contundência as investidas do ala Júlio César, que seguiram acontecendo, mas foram menos efetivas. Ofensivamente, entretanto, nada mudou.

Leitura Tática

Com a posse de bola...

- O Corinthians teve dificuldades para se valer da posse de bola cedida pelo Bragantino. A marcação da equipe da casa, que variava entre a pressão na saída de bola do Timão e a espera pelos visitantes povoando a intermediária, complicava a criação de jogadas por parte da equipe de Tite.

- A transição defesa/ataque não foi das mais precisas. Em parte, devido a marcação do Bragantino, que evitava, por exemplo, que os laterais tivessem liberdade para sair jogando. Por outro lado, também houve boa dose de colaboração do próprio Corinthians. Leandro Castan errou diversos passes na tentativa de fazer a ligação direta para o setor ofensivo.

- Embora os volantes subissem, como de costume, não havia movimentação suficiente para abrir a defesa do Bragantino. O mesmo valia para Dentinho e Jorge Henrique, presos nas suas respectivas faixas de atuação em campo. Bruno César buscava o jogo, mas tinha dificuldades para articular o ataque com a boa atuação da defesa dos anfitriões.

- Pelos lados do campo, também faltou intensidade dos laterais. Roberto Carlos precisava cuidar das subidas do ala adversário Júlio César. Já Moacir tinha pouco mais de espaço, embora tenha demorado a aproveitá-lo. Quando o fez, saiu o gol de empate do Timão, na combinação da subida do lateral com a entrada em diagonal de Jorge Henrique, surpreendendo a defesa do Bragantino.

- Não houve melhora no setor ofensivo com a entrada de Danilo e Edno. Continuou faltando movimentação, o que talvez viesse com a manutenção de Bruno César, e a entrada de Morais na vaga de um dos volantes. Assim, a marcação ficaria na proporção de dois volantes do Bragantino para dois meia do Corinthians, o que poderia ser prejudicial para os mandantes, visto que haveria o risco de não haver cobertura no caso de movimentação dos meias (vale lembrar que Marcos Aurélio, o zagueiro da sobra, ficava a uma distância considerável da faixa de atuação do meia de criação corintiano, fosse ele Bruno César ou Danilo)

Sem a posse de bola...

- Houve dificuldades para conter as investidas de Julio César, ala-direito do Bragantino. Através dele, surgiu a jogada do primeiro gol, concluída após infeliciade de Chicão. Além disso, Rodriguinho articulava com lucidez o meio-campo, confundindo a marcação do Corinthians.

- Por diversos momentos a defesa corintiana levou o ataque adversário ao impedimento. Por um lado, este recurso é digno de elogios, dada a dificuldade da sua execução. Por outro, denota altíssimo risco. Uma falha milimétrica dos zagueiros (e aqui entra o desentrosamento de Chicão e Leandro Castan, bem observado por Neto na transmissão da Band), ou uma movimentação mais rápida do adversário poderiam se tornar fatais.

3 comentários:

  1. muito PHOOOODAAAA mesmo, xou!!!

    First!!!

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  2. Paulinho jogou muito

    e o gol só saiu, pq o Moacir colocou a bola na cabeça do Jorge Henrique

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  3. Achei que Paulinho fez um bom jogo, mas nada de espetacular.

    E o cruzamento do Moacir foi muito bem feito, mas a movimentação do Jorge Henrique foi fundamental para ganhar da gigantesca zaga do Bragantino.

    Abraço!

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