Adriano merece?

por Vitor Fontenele

Quem acompanha – e quem não acompanha também – a carreira de Adriano sabe que o atacante é personagem frequente do caderno de esportes de qualquer periódico, seja ele impresso, digital ou falado. O pior é que na maioria das vezes as notícias do Imperador não são nada agradáveis a seus fãs.


Nos últimos quatro anos, o jogador rodou por cinco clubes: Internazionale, São Paulo, Flamengo, Roma e agora, Corinthians. Do São Paulo, saiu em boa fase de volta para a Inter, de onde havia vindo em baixa. Não conseguiu produzir bem na Champions League e em 2009, abandonou sem autorização os treinos da equipe nerazzurri e veio ao Brasil, onde permaneceu oculto; quando reapareceu, foi para rescindir com o clube italiano, alegando ter perdido a vontade de jogar, e que pararia por um período de até três meses.

Três semanas depois assinou com o Flamengo, seu time de formação e do coração, sendo um dos principais responsáveis pela conquista do Campeonato Brasileiro de 2009 e também de um racha na equipe em 2010, que culminou com a queda do técnico campeão Andrade e terminou com a saída de Adriano (assim como o companheiro de ataque Vágner Love), de volta para o Calcio, desta vez para a Roma, ao mesmo tempo em que a Polícia Federal sobre um suposto apoio ao tráfico de drogas, jamais comprovado.

Na Roma, também saiu pela porta dos fundos, em março deste ano, tendo o contrato rescindido por problemas extracampo e por baixo rendimento, sem ter marcado nenhum gol em jogos oficiais pela equipe italiana em quase um ano de contrato. Agora, o Corinthians anuncia sua contratação, tendo sido apresentado hoje.

Da qualidade de Adriano, há pouco o que se discutir. Quem lembra do atacante na Copa América de 2004, quando fora o herói da conquista da Taça contra a Argentina, sabe do que estou falando. “L’Imperatore” – título que lhe fora dado em Milão – sabe se posicionar, tem bom cabeceio, força física impressionante e um chute de fora da área desafiador. Porém, também na Terra da Bota foi que o jogador ganhou o “Bidone D’Oro” (“prêmio” para o pior jogador da temporada no Calcio) por 3 vezes, sendo duas seguidas. Boa parte da "premiação" se deveu certamente a seu comportamento fora das quatro linhas.

Resta saber se Adriano merece a chance que o Corinthians lhe está dando. Na posição de um dirigente de futebol, hoje não o contrataria nem com cláusulas de proteção contra seu famigerado descompromisso e comportamento, devido à rejeição que infelizmente o jogador causa atualmente na torcida dos times que nele apostam, e consequentemente, dos patrocinadores – apesar de que, por outro lado, sua estrela ainda chama a atenção. Mas a única pessoa que pode mudar isso é ele próprio. E quem sabe, a hora chegou para que ele mostre que pode ser diferente, e melhor. Boa sorte a Adriano e ao Corinthians.

3 comentários:

  1. Coloquei em meu blog dois posts sobre o Adriano. Quem quiser saber o que penso acesse
    http://timaoparasempre.blogspot.com/

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. pq vc apagou meu post fontelene? :(

    não comento mais nas suas postagens...

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