A eterna dança das cadeiras

Por Vitor Fontenele

O Campeonato Brasileiro vai se aproximando de sua primeira metade, e como não poderia deixar de ser, a velha dança das cadeiras dos técnicos continua a toda. Vamos caso a caso:

  • Cuca no Atlético-MG: se no rival Cruzeiro, de grande elenco, Cuca não conseguiu manter um bom trabalho, é justo que o torcedor do galo mineiro fique com uma pulga atrás da orelha. Isso sem contar o estigma de “cavalo paraguaio” do técnico. Prevejo uma situação complicada para o Galo, que há tempos anda na corda bamba.
  • Adilson Batista no São Paulo: mais um caso complicado. Adilson ainda não se encaixou no São Paulo, e não vem de um histórico muito bom, com maus bocados passados em Corinthians, Santos e Atlético-PR. Também prevejo momentos difíceis no tricolor paulista.
  • Renato Gaúcho no Atlético-PR: até agora, vem dando certo. Renato tem fama de conseguir se virar bem com elencos limitados, e aparentemente conseguiu colocar o Furacão nos eixos, com boas campanhas contra Santos, São Paulo, Corinthians e Botafogo, arrancando bons pontos contra os grandes, na luta do rubro-negro contra a queda.
  • Celso Roth no Grêmio: no lugar de Julinho Camargo, Roth faz sua quarta passagem pelo tricolor gaúcho. Mais um com fama de "cavalo paraguaio” e de conseguir milagres com elencos fracos. O treinador terá pela frente bastante trabalho, visto que o Grêmio atravessa uma péssima fase no Brasileirão: sem liderança, sem referência e sem nenhuma estabilidade.
  • Dorival Júnior no Internacional: um técnico com fama de cumpridor de seus objetivos, chega ao Inter com a responsabilidade de levar o colorado à uma posição na tabela mais condizente com o excelente elenco de que dispõe, trazendo de volta aos seus bons dias D’Alessandro, Kléber e, de quebra, solucionando os sérios problemas da defesa do Inter.
  • Joel Santana no Cruzeiro: mal chegou, “Papai Joel” aplicou sonoros 3 a 0 no Vasco em São Januário e depois aplicou 2 a 0 no Grêmio na Arena do Jacaré, apresentando o cartão de visitas que todo cruzeirense sonhou. Na sequência, tropeços contra Atlético-GO, Botafogo, Flamengo e Inter fizeram o treinador bambear no cargo. O Cruzeiro se recuperou com 5 a 0 no Avaí, o que mostra ao mesmo tempo que o time celeste tem elenco para estar melhor na tabela, mas ainda oscila demais.
Por fim: até quando as diretorias de clubes brasileiros ficarão apostando vagamente na troca de técnicos? Até quando os torcedores irão seguir a mesma onda? E até quando a boleirada continuará mandando no futebol brasileiro?

Nenhum comentário:

Postar um comentário