A redenção de Luxemburgo

Por Vitor Fontenele

Há quase um ano, no dia 30/09/2010, tratei aqui no BLdJ da contratação de Vanderlei Luxemburgo em substituição ao seu antecessor, Silas ( http://blogleituradejogo.blogspot.com/2010/09/bola-fora-de-silas-e-nova-chance-de.html ). À época, lembrei os erros de Silas no comando rubro-negro e da vantagem em contratar Luxa para o Flamengo, além de ter feito alguns alertas em relação ao quadro que este encontraria ao aportar na Gávea.

De fato, o técnico conseguiu, como ele mesmo gosta de dizer, “implantar a sua filosofia” no Fla. Se antes a zaga batia cabeça, Willians era meia-direito e a lateral-esquerda tinha um buraco, hoje o segundo-volante voltou à sua posição de origem, devidamente assessorado pelo antigo parceiro Airton, tirando a sobrecarga que a frágil zaga do rubro-negro sofria.

Se faltava lateral-esquerdo, a diretoria buscou a peça que Luxa queria: Junior César foi contratado e está fazendo a diferença pelo lado esquerdo do time, uma agradável surpresa. E se faltava zagueiro no elenco, Alex Silva, ex-São Paulo e veterano de Seleção Brasileira já se juntou ao grupo, apesar de ainda não ter estreado.

No meio, completam o time Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, uma dupla muito forte, em que um suplanta o outro quando este não está num bom dia, tornando difícil a proteção do adversário; e Renato, que flutua entre auxiliar a defesa e subir ao ataque vindo de trás. Na frente, Deivid, se não é um monstro da técnica tem deixado seus gols, facilitado pela presença ofensiva forte dos meias e o seu substituto Jael, se veio com desconfiança, meteu uma bola na trave e uma na rede já em sua primeira atuação.

E o Flamengo, que todos viam com desconfiança, chegou à liderança do Brasileirão. Rodando a bola, aproveitando a qualidade do seu meio, atacando em bloco e defendendo sem aflição. E Luxemburgo finalmente encaixa um novo bom trabalho em sua carreira, levando um time adiante não na qualidade individual, mas no trabalho tático e técnico.

Como dito há quase um ano, “esse pode ser [e foi], finalmente, o seu retorno à redenção, evitando a queda do Fla e fazendo milagre com o elenco limitado, somado a uma boa campanha em 2011 – o tal planejamento a longo prazo."

- Notas de rodapé (com a sua licença, Antônio Rodrigues Neto):
  • E os outros 3 grandes do Rio, quando vão parar de oscilar?
  • Roth no Grêmio? Um caso a se pensar... A princípio, desaprovo.
  • Cuca no Atlético-MG? Se Luxa e Dorival não deram certo, resta aos torcedores do Galo torcerem por um bom trabalho do bom Cuca.
  • Virada de mesa na queda do River Plate na Argentina? Para o bem do futebol hermano, parece que não. Ufa!

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